Publicado: 28/06/2021
África do Sul reintroduz restrições severas à população, como prolongamento do recolher obrigatório e proibição da venda de bebidas alcoólicas. Variante Delta estaria a impulsionar aumento de infeções no país.
A África do Sul está a apertar as medidas restritivas à população após um salto invulgarmente grande no número de infeções pelo novo coronavírus. O Presidente Cyril Ramaphosa elevou o alerta para o seu segundo nível mais alto no domingo (27.06).
“Estamos a sob o peso de uma onda devastadora”, disse ele. As áreas metropolitanas de Pretória e Joanesburgo estão a ser duramente atingidas, representando mais de 60% de todas as novas infeções a nível nacional. As instalações de saúde já se encontram no seu limite.
O Governo da África do Sul suspeita que a variante Delta – descoberta pela primeira vez na Índia – esteja a motivar o aumento do número de casos de Covid-19 no país. A África do Sul registou mais de 15 mil infeções no domingo, incluindo 122 mortes.
A África do Sul está no meio de uma terceira vaga de infeções e registou 1,9 milhões de casos até à data. Cerca de 60 mil pessoas morreram em resultado da uma infeção, enquanto cerca de 2,7 milhões dos quase 60 milhões de residentes do país foram vacinados até à data.
As autoridades sanitárias estão preocupadas com o facto de as outras oito províncias do país verem, em breve, picos em casos semelhantes aos de Gauteng, onde os hospitais estão a ficar sem camas Covid-19 e os doentes estão a ser levados para instalações de saúde noutras províncias.
Os países vizinhos Zimbabué, Namíbia e Moçambique estão também a combater um número crescente de casos, hospitalizações e mortes.
As novas restrições, que estarão inicialmente em vigor durante 14 dias, incluem um recolher obrigatório noturno, bem como a proibição do álcool e a maioria das reuniões ao ar livre. As viagens também estão a ser restringidas em algumas áreas.
As restrições anteriores tiveram um efeito devastador sobre a economia na África do Sul. Milhões de sul-africanos na economia informal ou sem emprego estão a lutar pela sobrevivência, e a pobreza e a insegurança alimentar agravaram-se dramaticamente em apenas algumas semanas.
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