Publicado 21/03/2021
A REPÚBLICA Popular da China perdoou os três empréstimos de Moçambique, sem juros que tinham entrado no período de reembolso até ao fim do ano passado, cujo valor totaliza cerca de 2.6 biliões de meticais, com a finalidade de ajudar o país na luta contra a Covid-19.
A informação foi avançada ontem pelo embaixador da China, em Maputo, Wang Hejun, depois de assinar o protocolo sobre o perdão parcial da dívida com a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.
“Em Junho do ano passado, o Presidente Xi Jinping afirmou, na cimeira extraordinária China-África sobre a solidariedade contra a Covid-19, que iria dispensar os empréstimos, sem juros, que entraram no período de reembolso até ao fim de 2020 aos países africanos relevantes no enquadramento do fórum de cooperação. Vai também concretizar a iniciativa de suspensão de serviço da dívida junto com os outros membros de G20”, disse o embaixador.
Ainda ontem, os dois países assinaram o acordo de cooperação económica e técnica, no qual a China oferece 1.6 bilião de meticais para continuar a apoiar Moçambique na construção económica e social.
Sobre este acordo, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, disse que o acto é fruto de uma cooperação genuína fundada numa longa história de amizade profunda de solidariedade que remota desde o período da luta armada de libertação nacional.
“Os instrumentos jurídicos que assinamos constituem a manifestação do carácter da política da China em relação a Moçambique. Estamos confiantes do seu impacto na vida da população neste período em que o país enfrenta uma combinação de desafios, onde se salienta o terrorismo, a violência armada no Centro do país, as adversidades da Covid-19 e o impacto das mudanças climáticas”, disse a ministra, acrescentando que a China é um país que soube estar ao lado de Moçambique nos momentos difíceis e nos momentos bons.
Congratulou este país asiático e amigo de Moçambique pela oferta de vacinas que estão a ser aplicadas ao pessoal da saúde e grupos prioritários, bem como ajuda multiforme no combate à Covid-19.