A CAMINHOS de Ferro de Moçambique (CFM) vai retomar segunda-feira o transporte ferroviário de passageiros na linha de Machipanda, que liga a cidade moçambicana da Beira e o Zimbabué, anunciou a empresa na semana passada.
Os CFM adiantam em comunicado que o comboio circulará às segundas e sábados da Beira para Machipanda, e às terças e domingos no sentido inverso.
“A linha de Machipanda, com 317 quilómetros, desde a Beira até ao prolongamento fronteiriço de Machipanda, é de importância estratégica para o Corredor da Beira, especialmente para o vizinho Zimbabué, cujas exportações e importações são asseguradas por portos e corredores moçambicanos. É também uma importante forma de incentivar a vida social”, afirma a nota.
Além do comboio de longo curso que voltará a circular na próxima segunda-feira, também irá circular – a partir desta terça-feira (5 de dezembro) – uma viatura entre as cidades da Beira, na província de Sofala, e Chimoio, na província de Manica, por duas vezes. por semana, dizia o comunicado.
A empresa CFM anunciou ainda no mesmo comunicado que a introdução de uma terceira via na linha de Sena, entre a Beira e o distrito de Moatize foi “uma medida útil para a circulação de pessoas e mercadorias”.
A linha férrea de Machipanda foi alvo de reabilitação e modernização e foi reaberta no dia 23 de Novembro pelos presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Zimbabué, Emerson Mnangagwa. Nyusi disse na ocasião que a linha férrea de Machipanda está “mais segura e confortável” fruto da reabilitação e modernização das infra-estruturas.
“A linha ferroviária de Machipanda está agora aberta ao transporte de passageiros, 26 anos depois, e de forma mais segura e confortável, na sequência da reabilitação e modernização da via”, disse Nyusi na sua página no Facebook.
O Presidente moçambicano disse que a modernização da linha estratégica aumenta consideravelmente o volume de carga transportada e reduz o tempo de trânsito dos comboios e o custo das viagens.
“Os trens de carga costumavam viajar com muitos problemas porque os trilhos tinham muitas curvas fechadas, causando acidentes ou perda de velocidade”, observou.