Publicado em: 30/05/2021
Reunião do Conselho Nacional do MDM definiu a cidade da Beira para a realização do seu Congresso Nacional, de 3 a 5 de dezembro. Não foram avançados nomes de candidatos para a presidência do partido.
Movimento Democrático de Moçambique (MDM) reuniu-se este sábado (29.05) em sessão do Conselho Nacional, onde foram debatidos vários assuntos de interesse do partido – desde a apresentação de contas pelo secretariado-geral, até a avaliação da resposta das autoridades no combate à pandemia da Covid-19, ações dos terroristas que ameaçam a segurança de Cabo Delgado e ataques no centro do país.
Entretanto, o ponto mais alto da reunião dos altos quadros da terceira maior força política de Moçambique foi a decisão sobre a data e o local para realização do Congresso Nacional do partido. Foi definido que rerá lugar de 3 a 5 de dezembro próximo, na cidade da Beira. Para o porta-voz do MDM, Sande Carmona, não faltam motivos para a escolha da capital provincial de Sofala.
“Os membros do Conselho Nacional entenderam que tinha que ser a cidade da Beira porque é uma cidade histórica para o MDM. Também é uma das formas de homenagear o seu fundador. A cidade da Beira é o berço do MDM, é aqui onde vivia o seu fundador e foi sepultado na cidade da Beira,” relatou.
“Acharam que é uma razão suficiente para que todos os membros que virão de todos quadrantes do país, quando estiverem aqui para participar no congresso, tenham a possibilidade de visitar a campa do nosso presidente”, acrescentouCarmona.
O Congresso Nacional vai culminar com a eleição dum novo presidente para o MDM, após a morte do líder Daviz Simango a 22 de fevereiro passado.
O conselho não definiu ainda o perfil que deve ter um candidato à presidência do partido. Não foram avançados nomes para assumir a liderança do MDM.
Mas, nos próximos meses, será criada uma comissão para organizar o terceiro maior evento do partido do galo.
“Esta questão foi vista pelo Conselho Nacional na generalidade, tendo sido submetida para que seja analisada na especialidade ao nível da comissão política nacional. Por sua vez, a comissão política nacional irá criar uma comissão de trabalho para a organização do próximo congresso,” descreveu Sande Carmona.
“Neste momento, todos os membros do MDM são elegíveis e têm direito de eleger. Os membros do MDM podem começar a se preparar para que, chegado o momento, cada membro se sinta na posição de reunir o perfil que vai ser desenhado pela comissão política e logo poderá colocar a sua candidatura de modo a ser eleito para dirigir os destinos do Movimento Democrático de Moçambique”, garantiu o porta-voz do partido.
Contudo, conclui-se que, em dezembro, o partido terá um sucessor para Daviz Mbepo Simango. Além de ser presidente e fundador do partido, Simango era também edil do município da Beira. Foi o único presidente que o MDM teve até hoje, tendo assumido a liderança desde a fundação, em 2009.
Após a sua morte, o partido vem sendo dirigido pelo seu secretário-geral, José Domingos, que deverá continuar até a eleição do novo líder.
“A confiança que foi depositada pela comissão política, quando da indicação do secretário-geral para conduzir os destinos do partido enquanto não existisse o presidente, na altura em fevereiro, foi confirmada ontem pelo Conselho Nacional. Também disse sim, o secretário-geral deve continuar a gerir o partido até à realização do congresso ou até à eleição do novo presidente que vai assumir na plenitude a gestão do partido”, confirmou o porta-voz do MDM, Sande Carmona.
Na abertura da sessão do Conselho Nacional no sábado (29.05), José Domingos sugeriu a criação de um novo “espaço de diálogo” para pôr fim aos ataques armados atribuídos à autoproclamada Junta Militar da RENAMO, no centro de Moçambique.
O MDM reiterou ainda a sua preocupação com a situação dos deslocados devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.
Fonte: