

Publicada em: 18.05.2021
A Espanha já reenviou para Marrocos 1.500 dos cerca de 6.000 migrantes que entraram de forma ilegal no enclave espanhol de Ceuta desde a segunda-feira, (17.05), anunciou o ministro do Interior de Espanha.
“Cerca de 6.000 pessoas” entraram em Ceuta e “nesta altura, reenviámos 1.500 dessas pessoas e estamos a continuar essas devoluções”, disse esta terça-feira, (18.05), o ministro do Interior de Espanha, Fernando Grande-Marlaska, à televisão pública espanhola TVE.
A ministra das Relações Exteriores, Arancha González Laya, afirmou nesta segunda-feira, (17.05), que não consta que o ocorrido possa ser uma medida de pressão do Marrocos devido à presença do líder da Frente Polisário (movimento a favor da autonomia do Saara Ocidental), Brahim Ghali, em um hospital espanhol.
A situação no enclave espanhol no norte de África levou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, a cancelar a viagem que tinha previsto fazer a Paris para participar na cimeira sobre o financiamento de África organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
Ceuta e Melilla, outro território espanhol nas proximidades, são encarados por dezenas de migrantes africanos como um trampolim para a Europa, e todos os anos arriscam-se a ferimentos ou a morrer quando tentam transpor as barreiras de arame farpado, escondidos no interior de veículos, ou nadando em torno das cercas que se estendem no Mediterrâneo.
Em Ceuta, em 2020, foram referenciadas 430 chegadas por via marítima, menos do que as 655 verificadas no ano anterior.
Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres da União Europeia (UE) com África.
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