Publicado: 16-11-2020
“Kala vanga heti” significa algo que nunca acaba. Na região sul, é uma expressão usada para designar a baleia que, anualmente, aparece nas margens do mar para alimentar as populações das zonas costeiras, como um presente da quadra festiva, assim reza a tradição.
Este ano a sorte caiu para os residentes de Machubo, distrito de Marracuene que, no sábado último, receberam do mar a baleia já sem vida.
Alguns moradores aproximaram-se para extrair a carne porque já conhecem a tradição e têm quase a máxima certeza que a mesma não constitui perigo para a saúde humana e outros apenas ouviram dizer e aventuram-se a consumir a carne da baleia.
Pouco a pouco, parte a parte, os moradores vão retirando a carne do animal, cada um à medida das suas vontades ou preferências até porque acredita-se que a baleia tem vários tipos de carne.
Ainda de acordo com a história, a baleia que aparece para as comunidades é maior que recentemente encontrada e, geralmente, depois de alimentar muitas pessoas volta a ganhar o formato inicial e volvidos alguns dias regressa para o seu habitat, que é o mar, mas tal não é o caso.
As populações mergulham no campo das especulações e a direcção distrital das actividades económicas de Marracuene profere levar a cabo uma investigação para saber como a baleia foi morta e apareceu nestas margens.
E porque a carne do animal já está a deteriorar-se, as autoridades vão incinerar o animal, como forma de preservar a saúde das populações que ainda pretendam consumir àquela carne.
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