A companhia africana Ethiopian Airlines vai assumir algumas linhas domésticas na República de Moçambique a partir do próximo mês de dezembro. A autorização tinha sido concedida no final do ano passado, mas só agora foi concretizado o plano de voos. Uma única companhia estrangeira – a FastJet – trabalha presentemente no segmento de voos domésticos em Moçambique.
Numa primeira programação divulgada nesta terça-feira, dia 9 de outubro, pelo site ‘Routesonline’, que segue os movimentos e alterações dos sistemas de reservas das agências de viagens (GDS), os voos surgem com código da Ethiopian (ET) mas alguns são operados por aviões da Asky Airlines, uma companhia também africana, que opera em vários países da África Central e Ocidental, e que é subsidiária da Ethiopian.
A partir do dia 15 de dezembro os voos serão operados pela Ethiopian Mozambique Airline, companhia criada em Moçambique e que será uma das grandes concorrentes da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, nos mercados doméstico e regional africano. A companhia operará com um Boeing 737-800 da Ethiopian e um Bombardier Dash8 Q400 da Asky Airlines. Desconhece-se se estes aviões passarão para o registo moçambicano, o que poderá ser obrigatório devido a obrigações legais impostas pelo Certificado de Operador Aéreo (COA) atribuído à nova companhia aérea de bandeira de Moçambique.
A LAM passa presentemente por uma grande reorganização a nível estrutural, de funcionamento e de frota, que só deverá estar concluída no final do ano para ser implementada no decorrer de 2019. Esse é um dos grandes objectivos do Governo de Moçambique, acionista maioritário da empresa aérea, após a nomeação do novo presidente da Comissão Executiva, João Carlos Po Jorge