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Ethiopian Airlines Está A Voar, Bombardier Q400 NG

Ethiopian Moçambique Airlines Está A Voar Com Dois Bombardier Q400 NG

A nova companhia aérea africana Ethiopian Moçambique Airlines (EMA), com Certificado Aéreo de Moçambique, iniciou os voos domésticos regulares em Moçambique, no passado sábado, dia 1 de dezembro, ao abrigo da estratégia delineada pelo grupo Ethiopian Airlines de penetrar em outros mercados africanos, conforme afirmou Tewolde Gebremariam, presidente executivo da companhia.

No voo inaugural, que partiu de Nacala para Maputo, ainda na fase de apresentação da nova companhia, Tewolde Gebremariam confirmou que a Ethiopian Moçambique Airlines irá ligar oito destinos domésticos na antiga colónia portuguesa do Índico: Maputo, Nampula, Tete, Pemba, Beira, Nacala, Quelimane e Chimoio.

“O início da actividade, que surge ao abrigo de uma parceria com a Ethiopian Airlines, vai promover as ligações aéreas em Moçambique, aumentando dessa forma a quota das companhias aéreas africanas no mercado do continente”, disse Gebremariam.

Em Setembro de 2017, a Ethiopian Airlines e a Malawi Airlines foram as duas companhias estrangeiras selecionadas para explorar rotas domésticas de transporte aéreo nos termos do concurso público lançado pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) em Abril. Outras cinco, com sede em território moçambicano, foram também autorizadas a fazerem voos domésticos. Desde o ano passado que a Solenta Aviation Mozambique (subsidiária moçambicana da Solenta Aviation Holdings) faz voos domésticos no eixo Maputo-Beira-Nampula-Pemba, com aviões da FastJet.

Com a chegada da Ethiopian Moçambique Airlines, uma joint-venture entre a Ethiopian Airlines (99%) e a Malawian Airlines (1%), estão no mercado dos voos domésticos em Moçambique três companhias. A Ethiopian e a Solenta juntam-se à LAM – Linhas Aéreas de Moçambique que, juntamente com a sua subsidiária MEX (esta utilizado em voos de menor distância e para aeroportos de menor tráfego) detinham até final de 2017 o monopólio das ligações aéreas internas.

A Ethiopian Moçambique Airlines está a voar com dois aviões Bombardier Q400 Next Generation, com capacidade para 70 passageiros. Toda a atividade comercial da empresa é liderada pela Ethiopian, o que estava previsto, esperando-se que nas próximas semanas possa ser assumido por uma nova estrutura criada com pessoal moçambicano.

A EMA inicialmente esteve para fazer base no Aeroporto de Nacala. Contudo, os investidores etíopes mudaram de opinião e a base e toda a estrutura de apoio ficou centralizada em Maputo. Segundo a imprensa moçambicana, em causa estariam eventuais benefícios fiscais que não puderam ser alcançados dada a forma como a empresa está a ser montada. Assim, Maputo foi a solução encontrada.

A chegada de novas companhias a Moçambique, nomeadamente para disputar o mercado de voos internos não tem sido uma questão pacífica. Embora os utentes do transporte aéreo considerem que esta concorrência irá dinamizar o mercado e baixar preços – a EMA propõe-se voar com tarifas que custarão metade das praticadas pela LAM -, o funcionários da companhia de bandeira nacional, que tem um capital de 80% do Estado e 20% dos próprios trabalhadores, tem se manifestado contra e, alguns analistas económicos consideram tratar-se de uma situação inédita em África, onde companhias estrangeiras estão a disputar o denominado tráfego de cabotagem.

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